segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ADJETIVOS

O que é o Adjetivo 1?

O que é o Adjetivo 2?

Adjetivos pátrios

Exercício Adjetivo 1



Objetivo: utilizar conhecimentos gramaticais referentes à adjetivos para completar um texto, de modo a fazê-lo de maneira coerente.
UM  CONTO  SURPRESA

  • Leia o conto abaixo e complete as lacunas somente com adjetivos. Atenção: não é permitido repetir palavras:

     Era uma vez um príncipe ___________, que vivia em um reino ___________. Ele tinha tanto medo de tudo, que todos o achavam muito ___________. Apesar disso, todas as donzelas queriam se casar com ele, porque diziam que ele era ________________.
     O rei e a rainha decidiram que seu filho não podia continuar daquele jeito e o mandaram em uma missão _____________: tinha que resgatar uma princesa de um dragão ____________.
     ____________ como era, o príncipe até foi em busca da tal princesa, mas bolou um plano ____________ para nunca mais voltar, já que tinha certeza de que não conseguiria cumprir o que seus pais queriam que fizesse.
     Depois de viajar durante dias, não conseguia encontrar outro reino. Não havia uma única construção pelos lugares pelos quais ele passou. Achou até que teria que voltar para seu ____________ reino, pois já estava ficando com medo de encontrar algum monstro ou algo parecido.
      Para sua surpresa, bem quando estava tendo este pensamento ___________, ouviu um som ___________________. Parecia um urro de animal. Antes que pudesse começar a fugir, um dragão _____________ apareceu em sua frente, cuspindo fogo por todos os lados. O príncipe ficou _______________. Seu pavor era tamanho, que ficou paralisado frente à fera _______________.
     Em questão de segundos, um cavaleiro ______________, sobre um cavalo ____________ apareceu, com uma armadura toda ____________ e uma lança _____________.
     Uma batalha _____________ teve início entre o dragão e o cavaleiro.
     O príncipe ficou ____________ com o que via. A destreza do cavaleiro era tanta, que não demorou a derrotar o _____________ dragão.
     Queria muito conhecer o rosto do cavaleiro __________________ e qual não foi  seu espanto, quando viu a mais __________ jovem princesa de sua vida debaixo daquele elmo.
     A princesa ____________ lhe contou que nenhum homem queria se casar com ela, por ser tão _____________ e seus pais tinham lhe enviado ao mundo para encontrar um homem ____________ que pudesse salvá-la de algum perigo e não tivesse _____________ dela.
     Após dar uma __________ gargalhada, o príncipe lhe contou sobre sua missão, certo de que havia encontrado o amor de sua vida.
     Juntos, foram aos dois reinos e contaram sobre a aventura ____________ que viveram e sobre a intenção de se casarem.
     Após muitos festejos, eles se casaram e foram felizes para sempre, reinando _____________ nos dois reinos vizinhos.
( Janaína Spolidorio )






Música - Balada do louco


Balada do louco
Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
REFRÃO
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Vídeo da música


1. Por que o eu-lírico afirma que é feliz?
2. O eu-lírico se considera “louco”? Justifique sua resposta com passagens do texto.
3. O texto foi construído a partir de idéias contrárias. Esse recurso possibilitou ao autor colocar em destaque duas perspectivas: louco versus normal. Identifique essas idéias presentes no texto.
4. Comente esta passagem do texto:
“Dizem que sou louco
Por pensar assim”
5. Na sua opinião, o que é pensar como louco?
6. Uma pessoa pode considerar-se louca e feliz ao mesmo tempo? Justifique sua resposta.



A doida - video

A Doida


A doida
A doida habitava um chalé no centro do jardim maltratado. E a rua descia para o córrego, onde os meninos costumavam banhar-se.[...]
Os três garotos desceram manhã cedo, para o banho e a pega de passarinho. Só com essa intenção. Mas era bom passar pela casa da doida e provocá-la. As mães diziam o contrário: que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados. Não explicavam bem quais fossem esses benefícios, ou explicavam demais, e restava a impressão de que eram todos privilégios de gente adulta, como fazer visitas, receber cartas, entrar para irmandades. E isso não comovia ninguém. A loucura parecia antes erro do que miséria. E os três sentiam-se inclinados a lapidar a doida, isolada e agreste no seu jardim.
Como era mesmo a cara da doida, poucos poderiam dizê-lo. Não aparecia de frente e de corpo inteiro, como as outras pessoas, conversando na calma. Só o busto, recortado numa das janelas da frente, as mãos magras, ameaçando. Os cabelos, brancos e desgrenhados. E a boca inflamada, soltando xingamentos, pragas, numa voz rouca. Eram palavras da Bíblia misturadas a termos populares, dos quais alguns pareciam escabrosos, e todos fortíssimos na sua cólera.
Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça igual às outras no seu tempo remoto (contava mais de sessenta anos, e, loucura e idade, juntas, lhe lavravam o corpo). Corria, com variantes, a história de que fora noiva de um fazendeiro, e o casamento, uma festa estrondosa; mas na própria noite de núpcias o homem a repudiara, Deus sabe por que razão. O marido ergueu-se terrível e empurrou-a, no calor do bate-boca; ela rolou escada abaixo, foi quebrando ossos, arrebentando-se. Os dois nunca mais se viram. [...] Repudiada por todos, ela se fechou naquele chalé do caminho do córrego, e acabou perdendo o juízo. Perdera antes todas as relações. Ninguém tinha ânimo de visitá-la. O padeiro mal jogava o pão na caixa de madeira, à entrada, e eclipsava-se. Diziam que nessa caixa uns primos generosos mandavam pôr, à noite, provisões e roupas, embora oficialmente a ruptura com a família se mantivesse inalterável. [...]
Vinte anos de tal existência, e a legenda está feita. Quarenta, e não há mudá-la. O sentimento de que a doida carregava uma culpa, que sua própria doidice era uma falta grave, uma coisa aberrante, instalou-se no espírito das crianças. E assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela porta, fixavam cuidadosamente a vidraça e lascavam uma pedra. [...]
Os três verificaram que quase não dava mais gosto apedrejar a casa. As vidraças partidas não se recompunham mais. A pedra batia no caixilho ou ia aninhar-se lá dentro, para voltar com palavras iradas. Ainda haveria louça por destruir, espelho, vaso intato? Em todo caso, o mais velho comandou, e os outros obedeceram na forma do sagrado costume. Pegaram calhaus lisos, de ferro, tomaram posição. Cada um jogaria por sua vez, com intervalos para observar o resultado. O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.
O projétil bateu no canudo de folha-de-flandres enegrecido – blem – e veio espatifar uma telha, com estrondo. Um bem-te-vi assustado fugiu da mangueira próxima. A doida, porém, parecia não ter percebido a agressão, a casa não reagia. Então o do meio vibrou um golpe na primeira janela. Bam! Tinha atingido uma lata, e a onda de som propagou-se lá dentro; o menino se ntiu-se recompensado. Esperaram um pouco, para ouvir os gri tos [...] era tudo a mesma paz.
Aí o terceiro do grupo, em seus onze anos, sentiu-se cheio de coragem e resolveu invadir o jardim. Não só podia atirar mais de perto na outra janela, como até praticar outras e maiores façanhas. Os companheiros, desapontados com a falta do espetáculo cotidiano, não queriam segui-lo. E o chefe, fazendo valer sua autoridade, tinha pressa em chegar ao campo.
O garoto empurrou o portão: abriu-se. Então, não vivia trancado?... E ninguém ainda fizera a experiência. Era o primeiro a penetrar no jardim, e pisava firme, posto que cauteloso. Os amigos chamavam-no, impacientes. Mas entrar em terreno proibido é tão excitante que o apelo perdia toda a significação. Pisar um chão pela primeira vez; e chão inimigo. Curioso como o jardim se parecia com qualquer um; apenas era mais selvagem, e o melão-de-são-caetano se enredava entre as violetas, as roseiras pediam poda, o canteiro de cravinas afogava-se em erva. Lá estava, quentando sol, a mesma lagartixa de todos os jardins, cabecinha móbil e suspicaz. O menino pensou primeiro em matar a lagartixa e depois em atacar a janela. [...]
A lagartixa salvara-se, metida em recantos só dela sabidos, e o garoto galgou os dois degraus, empurrou a cancela, entrou. Tinha a pedra na mão, mas já não era necessária; jogou-a fora. Tudo tão fácil, que até ia perdendo o senso da precaução [...].
A princípio não distinguiu bem, debruçado à janela, a matéria confusa do interior. Os olhos estavam cheios de claridade, mas afinal se acomodaram, e viu a sala, completamente vazia e esburacada, com um corredorzinho no fundo, e no fundo do corredorzinho uma caçarola no chão, e a pedra que o companheiro jogara.
Passou a outra janela e viu o mesmo abandono, a mesma nudez. Mas aquele quarto dava para outro cômodo, com a porta cerrada. Atrás da porta devia pois estar a doida, que inexplicavelmente não se mexia, para enfrentar o inimigo. E o menino saltou o peitoril, pisou indagador no soalho gretado, que cedia.
A porta dos fundos cedeu igualmente à pressão leve, entreabrindo-se numa faixa estreita que mal dava passagem a um corpo magro.
[...]
O menino foi abrindo caminho entre pernas e braços de móveis, contorna aqui, esbarra mais adiante. O quarto era pequeno e cabia tanta coisa.
Atrás da massa do piano, encurralada a um canto, estava à cama. E nela, busto soerguido, a doida esticava o rosto para frente, na investigação do rumor insólito.
Não adiantava ao menino querer fugir ou esconder-se. E ele estava determinado a conhecer tudo daquela casa. De resto, a doida não deu nenhum sinal de guerra. Apenas levantou as mãos à altura dos olhos, como protegê-los de uma pedrada.
Ele encarava-a com interesse. Era simplesmente uma velha, jogada no catre preto de solteiro, atrás da barricada de móveis. E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda, escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo.
Mas os dedos desceram um pouco, e os pequenos olhos amarelados encararam por sua vez o intruso com atenção voraz, desceram, sem saber o que fizesse.
A criança sorriu, de desaponto, sem saber o que fizesse.
Então a doida ergueu-se um pouco mais, firmando-se nos cotovelos. A boca remexeu, deixou passar um som vago e tímido.
Como a criança não se movesse, o som indistinto se esboçou outra vez.
Ele teve a impressão de que não era xingamento, parecia antes um chamado. Sentiu-se atraído para a doida, e todo desejo de maltratá-la se dissipou. Era um apelo, sim, e os dedos, movendo-se canhestramente, o confirmavam.
O menino aproximou-se, e o mesmo jeito da boca insistia em soltar a mesma palavra curta, que, entretanto não tomava forma. Ou seria um bater automático de queixo, produzindo um som sem qualquer significação?
Talvez pedisse água. A moringa estava no cria do-mudo , entre vidros e papéis. Ele encheu o copo pela metade, e stendeu-o. A doida parecia aprovar com a cabeça, e suas mãos queriam segurar sozinhas, mas foi preciso que o men ino a ajudasse a beber.
Fazia tudo naturalmente, e nem conservava qualquer espécie de aversão pela doida. A própria ideia de doida desaparecera. Havia no quarto uma velha com sede, e que talvez estivesse morrendo.
Nunca vira ninguém morrer, os pais o afastavam se havia em casa um agonizante. Mas deve ser assim que as pessoas morrem.
Um sentimento de responsabilidade apoderou-se dele. Desajeitadamente, procurou fazer com que a cabeça repousasse sobre o travesseiro. Os músculos rígidos da mulher não o ajudavam. Teve que abraçar-lhe os ombros – com repugnância – e conseguiu, afinal, deitá-la em posição suave.
Mas a boca deixava passar ainda o mesmo ruído obscuro, que fazia crescer as veias do pescoço, inutilmente. Água não podia ser, talvez remédio...
Passou-lhe um a um, diante dos olhos, os frasquinhos do criado-mudo. Sem receber qualquer sinal de aquiescência. Ficou perplexo, irresoluto. Seria caso talvez de chamar alguém, avisar o farmacêutico mais próximo, ou ir à procura do médico, que morava longe. Mas hesitava em deixar a mulher sozinha na casa aberta e exposta a pedradas. E tinha medo de que ela morresse em completo abandono, como ninguém no mundo deve morrer [...].

Texto disponível em:
http://jomapstematutino.blogspot.com/2009/08/texto-doida.html


Os alunos deverão responder às questões no caderno.

1. As pessoas da cidade conheciam bem “a doida” e o seu passado? Justifique sua resposta com passagens do texto.
2. Qual seria a suposta causa do enlouquecimento da mulher?
3. Que comportamento da mulher era considerado pelas pessoas como indícios de loucura? Por quê?
4. O que motivava as crianças a atirar pedras na casa da doida?
5. Ao entrar na casa, o garoto vai se surpreendendo com o que encontra. Quais os fatos que o surpreenderam? Por quê?
6. Qual foi a reação da mulher ao ver o menino? Por quê?
7. O que o menino sentiu ao ver a condição em que a mulher se encontrava?
8. A princípio, o menino sentiu repugnância ao abraçar a velhinha, mas depois mudou de atitude, ao sentar-se à beira de sua cama e pegar as suas mãos com carinho. O que essa atitude do garoto indica? Ele mudou a sua maneira de pensar em relação à mulher? Comente.